Como é a Nova Gestão da Qualidade?

Empresas buscam ser competitivas, certo? E o que adotam para ser competitivas? Quais as ações que tomam? São dois alicerces: Preço e Qualidade!

Até aí, alguma novidade? Não, claro que não! Pra isso, não é necessário ter muitos conhecimentos de gestão empresarial. Mas, preço… pra se ter preços competitivos, já sabemos que o que precisa ser melhorada é a margem. E a margem será melhorada, através da redução de custos que pode ser obtida, através de negociações com fornecedores, eliminação de despesas e desperdícios. E qualidade? Também sabemos que a qualidade dos produtos e do atendimento é diferencial e que conquistam espaço a partir do momento da satisfação e superação dos desejos e expectativas dos Clientes. Esse conceito, também já conhecemos.

Mas, a Qualidade a qual me refiro no título deste curto texto, é a Área de Qualidade. Como é esse novo modelo de Gestão? Como está estruturada? Você conhece? Sabe como funciona? Então, vamos conhecer um pouquinho!

Aqueles Setores ou Departamentos da Qualidade com estrutura formalizada (matricial), com um Gerente, Supervisor, Analistas da Qualidade e de Qualidade é um conceito organizacional antigo que perdeu força já no início deste século. Modelos antigos de escritórios da Qualidade ou Departamentos da Qualidade são modelos com base na década de 70, onde o antigo O&M (Organização e Métodos) era a Área de análise para estabelecimento e melhoria de processos, que passou a ser um peso funcional muito grande para as empresas. Pouquíssimas empresas trabalham dessa forma. E você sabe quais são os motivos? Citarei alguns para leva-lo à reflexão.

1) As normas de referência, dizem que verificações e auditorias devem ser realizadas sem ferir o princípio de independência. Porque manter uma equipe auditora interna? Amigos são amigos e continuarão sendo amigos. Engana-se aquele que acha que a ética reinará neste momento. Já vi e presenciei muita “vista grossa”. Depois a resolução sai bem mais cara!

2) Equipes sem um cronograma intenso de implantação e de auditorias se tornam um peso e um custo muito altos. Afinal, na entressafra das atividades da Área de Qualidade, ou seja, sem desenvolvimentos e sem auditorias, as equipes ficam ociosas e custam caro para a Organização.

3) Área de Qualidade não é Área de decisão. É Área de Apoio ou Suporte. Tendo como obrigação, apenas apontar e não executar. E assim, não monopoliza conhecimento.

4) Se o corebusiness, também conhecido como negócios da empresa, não é vender ou prestar serviços nesta Área para outras empresas, então, porque manter uma equipe internamente?

A nova Gestão da Qualidade é uma atividade gerencial, onde o Contratante possui um Coordenador ou Gerente que trabalha em parceria com uma empresa especialista na Área. O vínculo é totalmente profissional, fazendo o desenvolvimento e melhoria de processos para atendimento a um padrão de referência, cujos resultados levarão a empresa a alcançar os objetivos e lucratividade com rentabilidade. A Gestão da Qualidade tem que ser um centro de lucro e não de custos, onde encargos sociais de funcionários não existem (salários e encargos são mais caros do que uma equipe externa). O papel é coordenar melhorias, trabalhar com indicadores, cobrar dos executores sem vínculo de amizades, afinal o seu objetivo é resultado e com data e hora marcadas.

Reflita: Qual o modelo que as empresas modernas vêm buscando para reduzir seus custos e estruturas mais enxutas e pontuais? Execução das atividades com parcerias especializadas e foco?

Think about it!

Sérgio Cintra FeijóPor em 28 outubro, 2016